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‘O futuro da loja física: Como nadar à favor da maré para atender para o omniconsumidor e ainda melhorar a receita?’ foi o tema do painel ministrado pelo CSO da Social, no Inside Fashion Business

O varejo brasileiro é constantemente desafiado a repensar-se diante de um mundo que se refaz a olhos vistos com as novas tecnologias, novos comportamentos, novas demandas. Com a moda não é diferente, apesar das particularidades inerentes ao segmento. Mas chama a atenção o que e como fazer para conquistar e fidelizar clientes quando esse consumidor pertence a várias gerações simultâneas – e diferentes entre si – e busca o mesmo produto por necessidades e em ocasiões de compra diferentes? Esse foi um dos desafios apresentados no painel “O futuro da loja física: como nadar a favor da maré para atender o omniconsumidor e ainda melhorar a receita?” durante o evento Inside Fashion Business, promovido, nesta terça-feira, 2, pela Gouvêa Fashion Business e Gouvêa Experience, no SP Hall, em São Paulo.

O CSO Nicolas Nascimento, responsável pela criação e execução de iniciativas estratégicas e corporativas da Social Digital Commerce, foi o moderador da conferência que abriu a agenda de conteúdos no período da tarde.

Nascimento fez uma linha histórica dos canais de compra, lembrando que o consumidor começou a sua jornada de compra em um único canal: o da loja física. A chegada do e-commerce não foi inclusiva, embora trouxesse algumas mudanças para o varejo, como a necessidade de ter um site, primeiro para exibir o portfólio e remeter às unidades físicas, depois, para vender online. O executivo chamou a atenção, nesse período incipiente das tecnologias agregadas ao comércio, que os canais de compra eram 100% separados e, por vezes, rivais.

Mais adiante, pudemos observar o e-commerce se desenvolver – e alguns segmentos serem praticamente extintos, como livrarias e lojas de cd’s – até a pandemia de covid-19, cujo episódio global obrigou os varejistas a repensarem meios de compra e entrega por necessidade e encontraram na aceleração do processo de incrementação de tecnologia uma resposta para este desafio. O consumidor aprovou.

Aprovou de tal forma que, hoje, não abre mão de comprar em lojas que ofereçam opções omnichannel para que possa decidir como fazer a sua compra, o modo de realizar o pagamento e a forma de retirar o produto. “O mesmo cliente escolhe por onde quer comprar e por qual canal”, avalia Nicolas Nascimento.

Daniela Correia, gerente de Digital da Brandili, marca de moda infantil, iniciou sua fala, afirmando que “é preciso estar onde o cliente está”. A rede que representa procura estar disponível para o público no físico e no online. Além do comércio eletrônico, levou suas unidades a 68% das cidades brasileiras e para mais 25 países. Com esse posicionamento, vende 15 milhões de peças por ano por meio de 15 mil lojistas.

Por outro lado, o grupo lançou a Essendi, marca de vestuário masculino e feminino adulto, apenas online. Nem o catálogo é físico. Por enquanto, o investimento está focado em formato digital e disponibilidade para revendedores multimarcas

Kiko Amorim, CEO da Carina Duek, concordou que nem todas as marcas performam bem em todos os canais. Recordando-se do início de sua carreira com o pai de Carina, Tufi Duek, criador de marcas icônicas como Fórum e Triton, Amorim disse que a Triton vendia muito bem no atacado e a Fórum, no varejo.